Muitas vezes não levamos a sério a periculosidade que representa esses objetos que se fazem presentes em praticamente todas as residências. Pilhas ou baterias são usadas em aparelhos como rádios portáteis, telefones celulares, computadores laptops, controles remotos de TV e outros aparelhos eletroeletrônicos.
Devido ao seu pequeno tamanho, pilhas e baterias parecem inofensivas, mas representam um grave problema ambiental. No Brasil, cerca de 800 milhões de pilhas são produzidas por ano, o que representa seis unidades por habitante. A maioria delas (80%) são constituídas de zinco, carbono e os outros 20% de pilhas alcalinas. Nos dois tipos de pilhas há presença de mercúrio (0,025%-1%).
A modernização das pilhas agravou ainda mais o problema. Elas ficaram mais compactas, ou seja, estão ainda menores, mais potentes e ao mesmo tempo mais contaminantes. Exemplos: botão de mercúrio, pilhas de níquel-cádmio, pequenas baterias de chumbo (SLA).
Energia que circula no Brasil:
10 milhões de baterias de celular.
12 milhões de baterias automotivas.
200 mil baterias industriais.
Dependendo do material pilhas e baterias podem ou não serem jogadas em lixo doméstico. Há 3 tipos de baterias: as que têm chumbo-ácido, níquel-cádmio e óxido de mercúrio, são estas que devem ser recolhidas pelas lojas que as comercializam. As de chumbo-ácido são usadas em processos industriais (são grandes baterias) e nos automóveis (ventiladas). Há ainda modelos de câmeras filmadoras que utilizam bateria selada com esse componente, além de aparelhos elétricos, de telefonia, geradores e luzes de emergência. As que contém níquel-cádmio também são usadas em processos industriais e foram empregadas nos primeiros modelos de telefone celular. Hoje são ultrapassadas, mas telefones sem fio ainda as utilizam. O descarte inadequado das pilhas pode resultar em diversos danos, desde contaminação da água, solo, ar, até doenças a população que de alguma forma tenha contato com os materiais que as compõem.
No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que poderia. Deve-se lembrar que uma só pilha contamina diretamente o solo durante 50 anos.
Os resíduos originados das pilhas são altamente danosos. As pilhas e baterias apresentam em sua composição metais considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente como mercúrio, chumbo, berílio, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. Dentre esses metais os que apresentam maior risco à saúde são o chumbo, o mercúrio e o cádmio. O mercúrio, o chumbo e o cádmio são metais altamente tóxicos, afetam o sistema nervoso central, os rins, o fígado, os pulmões. O cádmio é carcinogênico. O mercúrio provoca mutações genéticas e afeta a locomoção motora. O fator agravante é que estes elementos químicos são bioacumulativos, podendo ficar retidos no meio ambiente durante milhares de anos.
É de fundamental importância a conscientização populacional destes danos não só por parte da indústria como também do comércio para que se reduza o descarte inadequado, cada vez mais, não bastando apenas a observação no rótulo seguindo a legislação brasileira resolução Conama n. 257/99 (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Infelizmente no Brasil, pilhas e baterias são descartadas em lixões ao ar livre contaminando o solo, e quando são descartados em aterros sanitários acabam contaminando lençóis freáticos e cursos d’água, estendendo a contaminação para a fauna e a flora das regiões próximas. Através da cadeia alimentar esses metais chegam aos seres humanos, e o pior, de uma forma acumulada.
Uma vez amassada, ou estourada a pilha resulta num vazar de líquido tóxico de seu interior, líquido este que não se decompõe, porém se misturam com a biodiversidade.
Você sabia que é possível aumentar a vida útil das pilhas?
Algumas alternativas para isto são:
1. Não guardá-las em locais expostos ao calor e à umidade.
2. Retirá-las do equipamento se ele for permanecer muito tempo sem uso.
Como descartá-las?
1. Entregue-as em locais que comercializam, fabricam ou assistências técnicas autorizadas.
2. Elas também podem ser recicladas, reutilizadas.
O Grupo INER e o Elo Social apresentam propostas que trarão soluções para tais problemas, pois o trabalho a ser realizados nos Centros de Transformação Final - CTF´s, permitirá o adequado tratamento desses materiais contaminantes e, com isso, evitar-se-á a liberação dos resíduos tóxicos no solo e lençol freático, trazendo como consequência a redução de doenças à população e destruição ao meio ambiente.
Fonte: Edineide Pinto, Alliny de Oliveira, Joseli Santos e Luziene Meirelles. www.elosocialba.org
adendo ao texto original: Lauro Carneiro. Elo Social Pará - Federação Estadual
Fonte: site www.mundoeducacao.bol.uol.com.br
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