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Coleta continua irregular e lixo se acumula pelos bairros da capital


Maycon Nunes/Diário do Pará


População reclama da sujeira espalhada por toda a cidade, com lixeiras transbordando, beiras de canais entupidas e acúmulos de lixo em suas principais vias. Problema parece não ter solução imediata.


A falha na coleta de lixo em Belém é um problema que ainda não foi resolvido e continua gerando uma queda de braço, onde a população é o elo mais fraco. Ontem (19), a Prefeitura de Belém divulgou nota de que vai solicitar à Justiça que determine que empresa responsável pela coleta, Guamá Tratamento de Resíduos, faça o tratamento adequado do lixo, conforme determinação judicial da continuidade da operação do aterro de Marituba.


A Prefeitura de Belém tenta justificar o motivo da cidade continuar suja, como constatada pela reportagem do DIÁRIO em alguns bairros, que estão com lixeiras transbordando, beiras de canais entupidas e acúmulos de lixo em principais vias. “O lixeiro passava todas as noites, mas há mais de uma semana que não aparece. Aí fica esse mau cheiro por toda a rua. Afasta a clientela que pensa duas vezes antes de encostar aqui para comprar algo”, conta o vendedor de lanche Douglas Almeida, de 34 anos, que trabalha e mora na travessa Enéas Pinheiro, bairro da Pedreira.


O aposentado Teófilo Alves Filho, de 84 anos, também morador no bairro, reclama da situação. “É horrível essa sujeira. Isso incomoda, atrai mosca, barata, rato. Uma falha total na coleta de lixo”, comenta. Na rodovia Arthur Bernardes, esquina com o canal do Galo, bairro do Telégrafo, o cenário é dos piores. O lixo tomou conta da rua ao lado do canal e deixou o trecho intrafegável.

Relatórios 


A Prefeitura diz estar recebendo relatórios das empresas coletoras, bem como áudios e vídeos que mostram a morosidade na operação de descarga no aterro, deixam claro o descumprimento da liminar. A empresa tem, inclusive, suspendido o trabalho durante a madrugada”, diz a nota disponível no site oficial de notícias da Prefeitura. O documento também será enviado ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) para que tome conhecimento da situação.


Resposta


Em nota, a Guamá diz que está cumprindo a liminar da Justiça. “A empresa opera em três turnos, com apenas uma hora de intervalo à noite e apenas uma hora de intervalo na madrugada, como sempre operou, alinhada com a legislação trabalhista e com a ciência da Prefeitura Municipal de Belém. A Guamá reforça que suas operações são monitoradas por vídeos. E se coloca à disposição para que seja feito o acompanhamento in loco pelas autoridades, para que constatem a veracidade dos esclarecimentos prestados”, informou a empresa.


Nem as recomendações expressas nos muros são respeitadas. Foto: Maycon Nunes 


Fonte: www.diarioonline.com.br, edição de 20/06/2019

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